quinta-feira, 17 de fevereiro de 2011

Jornal Liberal e companhia: MESTE MUDA

Ser jornalista obriga-nos a ter uma grande responsabilidade… Obriga-nos não porque eu ainda não sou um e as vezes penso em desistir por causa de alguns idiotas de nome jornalista. 

Os que vou referir são alguns jornalistas que trabalham no Jornal Liberal e antes/durante/depois das eleições legislativas escreveram algo que EU considero que nunca um jornalista deve fazer. 
Quando temos equipas de futebol, partidos políticos, entidades ou mesmo pessoas envolvidas NUNCA devemos tomar partido para um dos lados, o que um jornalista deve fazer é PROCURAR A VERDADE e divulga-la com ética e muito mais. 

Não é isso que fizeram alguns jornalistas do jornal Liberal que prefiro preservar a identidade dos profissionais em questão além do que muitas vezes eles próprios preferem não identificar-se 
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Um jornal que diz ser “O Líder da informação em Cabo Verde – 1 milhão e 800 mil páginas vistas por mês” nunca pode tomar partido para um partido político e foi exactamente o que fez o liberal sobre os comícios do MPD e PAICV: 


  • "Apesar dos esforços desesperados do partido no poder que não hesitou em carregar pessoas de táxis e depois de terem adiado o início por quórum insuficiente"
 
Afinal quem decide quem é o próximo primeiro-ministro é o povo ou o jornal? 

  • “Já não é só o líder da oposição que se revela ao povo – é o próximo primeiro-ministro de Cabo Verde que electriza a mole humana com a sua mensagem e a sua presença.”
  • “que prenunciam uma campanha alegre e em crescendo, numa marcha irreversível para a vitória”
O que vocês acham que eu devo fazer? Ir ao Jornal e pedir desculpas pelo meu atrevimento? Deixar de ser jornalista? 

Segundo o Código Deontológico do Jornalista (aprovado em 4 de Maio de 1993):
  1.       O jornalista deve relatar os factos com rigor e exactidão e interpretá-los com honestidade. Os factos devem ser comprovados, ouvindo as partes com interesses atendíveis no caso. A distinção entre notícia e opinião deve ficar bem clara aos olhos do público.
Quem sou eu? Um estudante de Ciências da Comunicação que quer ser jornalista e quer estar preparado para quando chegar a Cabo Verde. Não um militante de um partido.
Todos têm o seu partido e claro eu também tenho mais na hora da verdade: “O jornalista deve relatar os factos com rigor e exactidão e interpreta-los com honestidade.”

Vamos as reacções: 

MPD: O Jornal é do MPD tal como Asemana è do PAICV mas o que o Liberal diz è a verdade. Algum dia ouvis-te dizer que o Governo do PAICV mandou investigar as câmaras pertencentes ao partido embora houvesse muitas denuncias??? Porque só investigaram as câmaras do MPD

PAICV: ate o fecho da edição não foi possível obter resposta do partido

BRUNO DA MOURA: O jornal Liberal pertence ao MPD?
JORNALISTA: Pode ser que o Liberal não pertença ao MPD... Mas serve como um órgão do MPD
BRUNO DA MOURA: Existe algum jornalista que é contra os actos do Liberal?
JORNALISTA:  acho que a grande maioria é contra porque ele não funciona como um órgão de comunicação
BRUNO DA MOURA: mas o facto de ter estado só de um lado é errado segundo o código dos jornalistas
JORNALISTA: justamente. É por isso que disse que o Liberal este na campanha do MPD

JORNALISTA 1: "Devemos perguntar também onde esteve a comissão nacional de eleições que não viu isso acontecer em todos e que a dada altura depois de ter passado algumas multas bastante simbólicas pareceu baixar os braços e deixar que fizéssemos o que nos desse na telha"


OBS: é claro que não vou revelar os "representantes" dos partidos e a identidade dos jornalistas entrevistados

 Curiosidade: Também há que referir aqui uma questão de incompatibilidade, o dono ou gestor do jornal em questão foi ou é assessor do Carlos Veiga. Isso é contra o código deontológico mas, em defesa do liberal devo acrescentar que isso acontece um pouco pelos vários órgãos e não só com eles. 
 

e companhia: MESTE MUDA

1 comentário:

  1. Bruno, é verdade que o jornal Libral, antes/durante e depois das eleiçoes esteve do lado do MPD, os angulos das noticias foran concientemente escolhidos de forma à bénéficiar o MPD. eu penso que não exite duvidas sobre isso. No entanto, se pensamos bem, isto é o menor do problema, si analisamas a forma como os meios de comunicação do Estado, que viven atravez dos erarios pubicos, propositadamente penalisaran nos seus reportagens os partidos politicos concorrentes em beneficio do partido no governo. Estive em Cabo Verde à 4 meses a traz eu vi toneladas de publicidades do governo na televisão do Estado. tudo isso pagos com os nossos dinheiros. Não esqueci do jornal a semana, cujo o senhor primeiro ministro é accionista, que tem como unica função diabolisar o MPD.
    Tudo isso para te dizer meu caro amigo que em materia de apoio dos meios do comunicação social o MPD esta de longe a traz do partido no governo, que tem na sua disposição a todos os meios de comunicação do estado e privado.
    Estou de acordo contigo que é preciso garantir a separação entre o poder politico e os meios de comunicação mais isto deve partir do lado do governo. com a chegada do paicv ao governo tudo se "melange" em Cabo Verde, terminaran as separaçoes dos poderes : politicos e judiciais; entre o partido no governo e o proprio governo; entre as açoes do Estado e açoes do partido do governo. exemplo, agora é a direçao da juventude que distribuen bolsas e vagas de estudos para poder personalisar estas distribuiçoes. assim os beneficiarios vao dizer é o paicv qui me concedeu a bolsa e não o Estado de Cabo Verde, isto, meu amigo, é muito grave.

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